04 julho, 2007

Invocação e dádiva

Se eu te der uma réstia
de um nome longínquo
que sopro receberás nos ouvidos?

Oh vento longo e branco
tu, que atrelas uma maresia
à silhueta de quem viaja,
lembras-te dos reis que feriram a terra
com lâminas de cavalos férreos?

Conta-me
conta-me levantando a terra
as ausências que nos foram berço,
que eu me erguerei nos restos
de uma muralha
para que cantes nos meus
braços abertos
a tua voz de morte

De: Pedro Afonso

Sem comentários:

Enviar um comentário