27 julho, 2007

Bola de Neve...





Bola de Neve... que ninguém consegue parar.
O aquecimento global e como consequência as alterações climáticas que se estão a dar, já estão a provocar alterações significativas na economia do dia a dia, basta ler os títulos dos jornais para ficar com a noção que os alimentos básicos estão a sofrer um aumento significativo que ninguém sabe onde vai parar.
Já só falta a cotação na bolsa da água potável....

Alimentos vão ficar mais caros
Aumento do preço dos cereais, utilizados como matéria-prima para biocombustíveis, vão provocar subida do preço de alimentos como pão, óleo, massas, cereais, ovos e carne... (PortugalDiário)



Subida do preço dos cereais vai inflacionar produtos alimentares
"A subida do preço dos cereais em todo o mundo, em resultado da sua crescente utilização para biocombustíveis, vai inflacionar o preço dos produtos alimentares de primeira necessidade, tais como a carne, o pão, o óleo, as massas, as farinhas e os ovos. O alerta é da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).
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Recorrendo às recentes estatísticas internacionais da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico e da Organização Mundial de Alimentação, observa-se uma forte subida do preço de produtos essenciais como o queijo, a manteiga, o leite e a carne. Em Itália, por exemplo, o esparguete deverá subir 20 por cento por cada meio quilo já em Setembro." (Publico.pt)



Nos cereais, o aumento é bem evidente: as cotações do trigo e da cevada subiram 47% em apenas um ano, enquanto o milho subiu 32%. Sendo Portugal um forte importador de trigo (mais de 90%) e de milho (50%), a indústria agro-alimentar está a ser muito afectada por estas cotações.
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Adicionalmente, existem políticas que estão a prejudicar a produção. "A União Europeia obriga a que 10% dos terrenos não sejam cultivados, uma medida tomada quando havia excedentes." Outra razão prende-se com "a proibição de importar milho geneticamente modificado".
O aumento da procura é explicado pelo crescimento da população mundial e também pela subida do consumo em países em desenvolvimento, como a China e a Índia.
Desde o início dos anos 90, este dois países mais do que duplicaram o consumo de óleos vegetais, passando de 12 para 34 milhões de toneladas. Perante a "inquietação" gerada em torno da subida do preço das cereais, o Comité das Organizações Profissionais Agrárias da União Europeia emitiu um comunicado no início do mês a defender que "a política comunitária em matéria de bioetanol não é a causa da situação actual". O clima é o grande responsável, considerou. (DN Online)

3 comentários:

  1. a situação é de facto preocupante, mas espero que utilizem o clima "ad infinitum" para justificar o aumento dos bens de primeira necessodade

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  2. Sa, o pior de tudo é que vai ser desculpa para tudo. Duvido que a especulação fique quieta.
    Bjs

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  3. De facto esta situação começa a ficar preocupante.... com os bens de primeira necessidade a subirem quem mais vai sofrer são os mais necessitados. Como sempre quem vai pagar o preço da "desculpa clima" são os mais pobres! E quem mais polui o nosso planeta não são, com toda a certeza, os mais pobres!!

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